quarta-feira, março 02, 2011

tuas curvas ja nao me dizem mais nada
teus movimentos suaves, teu desejo selvagem
so me dominam por alguns minutos
ate saciar meus instintos impuros

mais nada

aqui nao tem espelho no teto
voce nao ve minha cara de tedio
enquanto diz que me ama
quando tudo que eu quero é ir embora

vou tomar um banho de alcool
me livrar desse asco
que vem junto com tem abraco

e grudou em mim

ate parar de sentir pena do meu orgulho
que se perdeu nos momentos intensos
deste quarto escuro

Um comentário:

Anônimo disse...

"Mas se eu tivesse ficado, teria sido diferente? Melhor interromper o processo em meio: quando se conhece o fim, quando se sabe que doerá muito mais -por que ir em frente? Não há sentido: melhor escapar deixando uma lembrança qualquer, lenço esquecido numa gaveta, camisa jogada na cadeira, uma fotografia –qualquer coisa que depois de muito tempo a gente possa olhar e sorrir, mesmo sem saber por quê. Melhor do que não sobrar nada, e que esse nada seja áspero como um tempo perdido. Eu prefiro viver a ilusão do quase, quando estou "quase" certa que desistindo naquele momento vou levar comigo uma coisa bonita. Quando eu "quase" tenho certeza que insistir naquilo vai me fazer sofrer, que insistir em algo ou alguém pode não terminar da melhor maneira, que pode não ser do jeito que eu queria que fosse, eu jogo tudo pro alto, sem arrependimentos futuros! Eu prefiro viver com a incerteza de poder ter dado certo, que com a certeza de ter acabado em dor. Talvez loucura, medo, eu diria covardia, loucura quem sabe!"