domingo, janeiro 25, 2009

um pombo doente
no meio da praça
sozinho e carente
sem força sem graça

brigando por migalhas
fraco e surrado
eh facilmente empurrado
pelos fortes passaros

que buscam seus desejos
e que vivem sem medo
do futuro do incerto

morrendo aos poucos
dia a dia sem orgulho
sem cicatrizes para mostrar
eu tenho um carro
cheio de alcool
e nenhum lugar para ir
e nada legal pra fazer

eu posso tudo, tenho tudo
e fico parado em casa
esperando o sono chegar
e bebendo agua

nao tenho nenhuma desculpa
procuro qualquer motivo idiota
qualquer coisa q possa me prender

mas a verdade eh que eu tenho um carro
com um tanque cheio de alcool
e porra nenhuma pra fazer

quinta-feira, janeiro 15, 2009

agora nao tenho mais grades
nenhuma desculpa
nada me prende mais
nada mais me segura

estou a litros de alcool de qualquer lugar
com medo da liberdade
um passaro aprendendo a voar
com medo de se jogar

mas um instante eterno
nao tenho freios
nao tenho medo
so desejo

de lugares novos
e novas aventuras
estou a litros de alcool de qualquer lugar
e agora nada mais vai me segurae

quinta-feira, janeiro 01, 2009

eu acho engraçado
o quanto era apaixonado
por uma louca feito voce
as sensaçoes fortes
os momentos estranhos
que vivemos sem perceber

a sua cara de sono
a minha cara de choro
das lagrimas q nao caiam
aquele frio no peito
que eu cobria com duas camisas
mas que nao aquecia

a nossa disputa suicida
pra ver quem mais sofria
nossas desculpas feitas
nossas falsas certezas
o grande odio ao proximo
tao proximo do amor

brigamos ate cansar
ate esquecer por que brigar
ate se apaixonar denovo
pelo nosso amor proprio
ai passei a achar graça de tudo
eh assim q gira o mundo

num destino sem rumo
um feriado no meio da semana
melancolico e preguiçoso
como a ultima dança de uma formatura
mas hoje voltei a gostar de voce
qualquer dia vamos sair para beber
sessenta vidas
sessenta mundos
varios minutos segundos
um momento esquecido, tudo

uma musica pop na radio
repetindo ate cansar
nao uma opera infinita
sem hora de parar

sessenta repetiçoes
giros eternos no relogio
tudo sempre igual
nada aleatorio

sessenta janeiros
sempre ano novo
milhoes de minutos e segundos
sempre porto seguro

mas eu quero fogo
amar denovo
jogar tudo pra cima
fugir de tudo